Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

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MAÇONARIA - 125 - O QUE É MAÇONARIA, E PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI?
MAÇONARIA
125
O QUE É MAÇONARIA, E PARA QUE NOS REUNIMOS AQUI?

No ritual de aprendiz maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito, temos as seguintes perguntas e respostas:
P – Para que nos reunimos aqui?
R – Para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o direito, a Justiça e a Verdade; para promover o bem estar da pátria e da humanidade, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício.
P – O que é maçonaria?
R- É uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e a religião.
Na prática, a maçonaria mostra que diferentemente do que ela ensina no ritual, as atitudes e ações são completamente inversas.
Em um excelente artigo recente de um sábio escritor, ele disse: “Na maçonaria existem os escravos e os tiranos, pode-se optar por ser uns ou outros”.
Não existe o combate a tirania, pois, ela é exercida por administrações seguidas sem a devida contestação, e adotam o lema: aos amigos, tudo; aos inimigos os rigores da lei.
Os escravos são os que seguem de olhos fechados as determinações emanadas dos que exercem a tirania. Eles são a massa de manobra e não possuem opinião própria, portanto, não podem combater a ignorância, e admitem se pestanejar os preconceitos e os erros e passam a ser inimigos do Direito, da Justiça e da Verdade, jamais podem promover o bem estar da pátria e da humanidade e desconhecem o que seja levantar templos à virtude e cavar masmorras ao vício.
Não existe meio de se tornar feliz a humanidade se não adotamos a prática do amor, algo que está sendo desconhecido pela grande maioria da sublime instituição, o amor só existe na teoria, não pode existe amor em templos que são usados para propagar o preconceito e a intolerância contra outros irmãos, então, passa a reinar a desigualdade, sempre que se funda uma nova loja, a primeira orientação aos seus membros e pela prática do preconceito com outros irmãos e instituições, prega-se o ódio em vezes do amor, precisamos de mais Pontífices na maçonaria (do Latim pontifex, construtor de pontes), para que possam ser a ponte a unir instituições, mas, com a falta de amor só aparecem o que pregam a desunião e criam um abismo que está ficando difícil de transpor e fazer uma união, são os falsos mestres que estão levando a maçonaria a um triste fim como instituição, pois, hoje somos muitos, mas não tempos união e não temos espírito de corpo, e quando uma instituição chega a este ponto o prenúncio de seu futuro é péssimo. As divisões continuarão a existir porque existem alguns administradores que não possuem a vontade de acabar com a hipocrisia existente, não querem união e se esquecem que todas as potências brasileiras, sem exceção, em algum momento da história já foram consideradas irregulares. Novas potências e obediências sempre surgirão, vamos aguardar e ver qual será o futuro da maçonaria.
Há pouco tempo, em visita a um grupo de maçons e não maçons no interior do estado de Minas Gerais e pude presenciar uma lição dada por um de seus integrantes, e que havia sido convidado a participar do grupo para ingressarem em uma potência, ele disse: “acho estranho a Fraternidade que vocês propagam, fui convidado para participar da maçonaria na Capital e me avisaram que não poderia mais ter contato com os irmãos da loja que existe aqui na cidade, eu considero a todos como amigos, convivo no dia a dia da cidade em suas casas e com seus familiares, terei que em nome de participar da maçonaria, que virar as costas para eles, acredito que vocês estão fazendo diferente do que ensinam”. Confesso que aquele “profano” deu uma verdadeira lição sobre o que ele acredita seja a Fraternidade, ele anteviu que se aceitar o que foi proposto deverá ser enquadrar e passar a usar cabresto ou, então, será taxado de revolucionário. Eu pude sentir o constrangimento e vergonha do irmão que me havia convidado a participar da reunião. A loja que já existe e com proposta de transferência de obediência é constituída por valorosos obreiros, e possuem muita união, acredito que futuramente deverão se enquadrar nas leis da potência que querem participar e perderão a Liberdade que possuem se transformando em novos escravos dos tiranos, o tempo será o senhor da razão, vamos aguardar.
Conheci e convivi com vários Grãos-Mestres e Soberanos Comendadores, tenho o devido respeito por uma grande maioria, porque souberam cumprir com os seus deveres, mas não posso deixar de mencionar os que foram excepcionais, que foram além dos deveres, portanto, são destaques na Ordem Maçônica Nacional e Mundial.
Arlindo dos Santos, o maior de todos os Grãos-Mestres. Sempre colocou em prática os ensinamentos maçônicos, para ele, todo iniciado em qualquer potência era um irmão, não tinha preconceito, desconhecia as famosas e tristes divisões maçônicas, e sabia praticar a Fraternidade, Igualdade e a Liberdade, seguia fielmente os ensinamentos do Divino Mestre: “amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos”. Soube dar uma maior dimensão à maçonaria mineira, fez crescer a potência da qual era o Grão-Mestre, ao assumir o primeiro mandato tinha 54 lojas sob sua administração e, em duas administrações consecutivas elevou o número de lojas para mais de 245, portanto, um aumento de mais de 445%, e aumentou substancialmente o número de obreiros, transformando a potência em primeira do Estado de Minas Gerais e a segunda no Brasil. Ao somarmos as realizações de crescimento da potência, através de todos os Grão-Mestres anteriores e posteriores teremos menos que a metade do total. Acreditem! Ele chegou a ser censurado e combatido por muitos na sua audácia de fazer crescer a maçonaria. Hoje a potência é forte graças ao número de lojas e obreiros, com sua visão focada no futuro deixou como legado a facilidade de se administrar com grandes recursos financeiros proporcionados por sua política de expansão da Instituição, mas, está havendo mais prosa do que ação. Tive a honra de ter sido iniciado, elevado e exaltado a mestre por ele. Fui presidente de todos os corpos de aperfeiçoamento e filosóficos sob o seu comando, e posteriormente com o seu falecimento o substituí como Grande Inspetor Litúrgico do Supremo Conselho da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, hoje o nome de Arlindo dos Santos é o patrono da Cadeira 001 da Academia Maçônica de Letras do Brasil, da qual, eu sou o titular.
Getúlio Gadelha Dantas, Grão-Mestre que combateu com firmeza os desvios maçônicos, teve a coragem para limpar a instituição maçônica colocando para fora de seus quadros, os corruptos, estelionatários, quadrilheiros, traficantes, etc., enfrentou muitos problemas na Ordem, inclusive os que lhe combateram, por promover a mencionada limpeza, jamais, agiu como Pilatos “lavando as mãos”, o que hoje ocorre com muita freqüência, as administrações querem ficar livres de problemas, mas, são incapazes de tomar uma atitude séria, procuram sempre jogar as decisões nas costas de outros e se eximem de dar uma solução, “lavam as mãos”, traindo os princípios maçônicos que vivem a pregar em belos discursos, mas, são incapazes de colocá-los em prática com atitudes.
Hirohito Torres Lage, outro Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, destaque internacional por sua atuação e membro honorário de várias instituições maçônicas mundiais, e que vive plenamente maçonaria há mais de 45 anos, conheço poucos maçons que possuem um grau de Fraternidade tão alto, ele se destacou por colocar a sua potência em alto conceito nacional e para isso, se utilizou por diversas vezes de recursos financeiros do próprio bolso, sofreu retaliações políticas por sua maneira de agir, por se tornar uma ameaça de levar para a cadeia os corruptos e estelionatários da instituição, os que obtinham ganhos financeiros em prejuízo da maçonaria, então, armaram um complô para excluí-lo da instituição, mas, jamais conseguirão apagar a grandeza de seu nome dos anais da história maçônica.
Alberto Mansur, Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito, conhecido internacionalmente, sem dúvida, um dos maiores maçons com quem convivi. Ele trouxe para o Brasil, Ordens Internacionais, tais como: Demolay, Filhas de Jó, Eastern Star e outras. Ele colocou a maçonaria brasileira em uma vitrine mundial. Incansável trabalhador, também fez crescer o Supremo Conselho Montezuma, que hoje possui uma nova dimensão. É o maçom brasileiro mais laureado internacionalmente.
Para escrever sobre as figuras mencionadas seria necessário um livro para cada um, as histórias são muitas, foram maçons plenos, os seus opositores sempre tentaram lhes diminuir os feitos, ao contrário do D. Pedro I, que de maçom só teve o nome e o título de Grãos-Mestre, que após quatorze dias de iniciado e como Grão-Mestre, decretou o fechamento da maçonaria no Brasil por dez anos, os maçons escravos ou “viúvas”, que não se esquecem de sua figura, sempre gostam de mencionar que ele foi Grão-Mestre da maçonaria, criaram medalhas e diplomas com seu nome para homenagear outras pessoas, esquecem-se dos muitos que realmente produziram para a maçonaria. Os escravos querem homenagear quem nada fez pela instituição, ele pode ter sido uma figura de destaque em outras áreas, mas, pela maçonaria não fez nada, foi um zero à esquerda, provavelmente ele foi o primeiro maçom tirano no Brasil.
Por analogia, podemos dizer que existem dois tipos de maçom: o maçom gato e o maçom cachorro. O maçom gato é o que vive em cima do muro, não é fiel, adora um de colo, afagos, de tirar uma boa soneca, não se arriscam por nada, são incapazes de defender o seu dono. O maçom cachorro é fiel e leal ao seu dono, é melhor amigo, está sempre vigilante, e é capaz de dar a vida em defesa de seu dono. Você é um maçom que age como um gato ou como um cão?
Os verdadeiros mestres da maçonaria são humildes, sábios e possuem luz própria, por isso, se agigantam e brilham aos olhos das pessoas. Os falsos mestres agem com prepotência, arrogância, autoritarismo, são pequenos em tamanho, e para parecerem grandes, sempre procuram diminuir os outros, jamais serão grandes e nunca brilharão.  

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PEDRO NEVES .’.
M.’. I.’. 33.’. MRA.’.
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Membro Efetivo da Academia Maçônica de Letras do Brasil
Cadeira 001 – Patrono: Arlindo dos Santos
SITES:
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www.trabalhosmaconicos.blogspot.com
cavaleirostemplariosbhmg.blogspot.com
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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 13/11/2013
Alterado em 26/11/2013


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