Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 072 - ORIGENS INICIÁTICAS - 10.2 - OS GNÓSTICOS - 2ª PARTE
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
10.2
OS GNÓSTICOS
2ª PARTE
Através de toda a idade média e apesar das perseguições, o gnosticismo sobreviveu e todas as heresias albigenses foram inspiradas em sua doutrina, pois, caindo no meio onde o ódio e a ignorância deviam impor as suas deformações, a gnose achou-se misturada às piores formas de magia negra.
Atualmente, um grupo de intelectuais tomou a tarefa de fazer reviver este ensinamento desacreditado, mas, sempre tendo por causa a iluminação pessoal, e cedo apareceram tantas seitas quantas eram as pessoas. Entretanto, estes grupos múltiplos entenderam-se sobre as linhas gerais e é sobre esta doutrina que vamos tomar a devida base.
As idéias que são comuns a todos os grupos são de origem do homem, a necessidade de revelá-la aos que merecem ser instruídos e guiados para seu fim, que é Deus.
O aspirante deve mudar a sua personalidade completamente: deve despojar-se do antigo; depois, despido do que foi seu pecado, deve revestir-se do traje branco das núpcias, da vestimenta da luz dos eleitos.
Nos Ensinamentos Secretos da Gnose, Simão-Teófanes mostra-nos as fases desta educação pessoal. Primeiramente o ser está nas trevas; ele aspira à claridade.
Sob o ponto de vista cosmogônico, representa o caos informe, cujo símbolo é a pedra bruta antes de toda transformação.
Sob o ponto de vista metafísico, é a impotência de ação, seguida da ignorância em que se encontra o ser relativamente à atividade ou a Causa primária e seu símbolo iniciático é a cor negra.
Sob o ponto de vista da humanidade, é a própria inconsciência de agnosticismo e seu símbolo é um archote recurvo.
No que concerne ao indivíduo, é o estado em que se encontrou antes de seu primeiro desejo de pesquisar a luz e, no simbolismo místico, este estado de espírito do adepto antes de qualquer pensamento divino, corresponde à nudez.
A iniciação gnóstica tem, pois, por fim, pôr no caminho aquele que procura a luz, preparar a sua iniciação, a sua evolução, que é o fim de todas as iniciações.
Por isso, a pedra bruta deve vir a ser a pedra talhada, afim de que possa fazer parte da rítmica arquitetura daquele que criou os mundos. Para que a pedra bruta viesse a ser pedra talhada, precisaria empregar o martelo, que é a vontade, e o cinzel, que é o juízo.
O martelo representa a força inconsciente, a vontade brutal, maciça, que, como o martelo, deve ser mantida pelo espírito, único capaz de dirigir este poder quase animal.
O cinzel, ao contrário, é o juízo, a força criadora do espírito.
O espírito deve arrancar do desejo cego, tudo o que prejudique ao plano eternamente preconcebido, devido à matéria, e mesmo à sensibilidade, em sofrer.
É o discernimento do espírito que deve aplicar o cinzel sobre os pontos em que ele é necessário.
Como em todas as iniciações, vemos que as impulsividades humanas são submetidas à direção do espírito que as dirige e serve-se delas para o melhor interesse coletivo do bem comum.
Apesar de sua precisão perfeita, o cinzel não pode ferir senão sob o choque do martelo.
É um símbolo, aliás, muito belo, da impotência da ciência, sem um animismo bem dirigido que lhe dá seu impulso e sua força.
Vauvenargues, disse que os grandes pensamentos vêm do coração, mas as grandes ações também vêm. Aquele que dominasse completamente os seus sentimentos, de modo que, não experimentasse mais nenhum, poderia colecionar todos os dados científicos para seu prazer pessoal; se o desejo de se tornar útil não o impelisse a ser atirado à obra, não apareceria nada de útil à felicidade ou à evolução da humanidade.
Tornaremos a encontrar estes dois símbolos com a mesma interpretação na Franco-Maçonaria. O martelo e o cinzel são o emblema do primeiro grau da iniciação maçônica, o do aprendiz.
O ensinamento de Simão-Teófanes nos dão muitos detalhes sobre esta ação do martelo e do cinzel, mas, vimos apenas as informações gerais; o homem deve dominar as suas impulsividades e tornar-se firme e semelhante a um metal passado no cadinho, de tal maneira que as suas impulsividades, habilmente canalizadas, possam, em dado caso, soar com energia e justeza e realizar o ato desejado com toda força e precisão possíveis.

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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 08/11/2009
Alterado em 14/02/2011


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