Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 059 - ORIGENS INICIÁTICAS 8.1 - MOISÉS
MAÇONARIA
INICIÁTICAS

8.1
MOISÉS

A iniciação hebraica revestiu-se de uma forma decerto mais sombria e mais feroz  que as iniciações egípcias e gregas, é certo que ela deve a sua forma atual à direção deste grande homem que foi inspirado por Deus.
O legislador de Israel, era filho de um israelita, mas, no momento de seu nascimento, a quantidade de meninos judeus fez o Faraó temer que o Egito fosse destruído. Havia dado ordem bárbara de que todas as crianças dos hebreus do sexo masculino fossem mortas, logo no momento de nascer.
As mulheres que eram destinadas a estes cuidados sempre cheias de repugnância, infringiam as ordens da autoridade. A criança chamada Asarsiph por sua mãe, não podia ser escondida por mais tempo; um grito ouvido por um guarda egípcio poderia perde-lo. Eis porque a mãe, confiante na bondade dos poderes superiores, colocou-o em uma cesta de rosas e deixou-o flutuar sobre o Nilo, perto do lugar onde a filha do Faraó, Termutos, tinha o costume de se banhar com suas damas. Era em 1705 A . C.
Como a mãe havia secretamente esperado, a jovem princesa viu a criança e teve piedade; procurou uma ama para lhe proporcionar os cuidados e a mãe sentiu-se assaz feliz por isso.
Recebeu, então, o nome de Moisés (salvo das águas) e deram-lhe como protegido da filha do Faraó, uma instrução muito vasta nos santuários do Egito.
A iniciação hebraica se relaciona diretamente com a iniciação egípcia, e isto não foi um mistério para os Judeus, pois que vemos nos Atos dos Apóstolos (cap.VII, v. 22):
“Moisés, tendo sido instruído em toda a Sabedoria dos Egípcios, era um homem poderoso em obras e palavras”.
Estrabão, visitando o Egito, recebeu dos sacerdotes a mesma revelação. Afirmou-se que Moisés tinha sido sacerdote de Osíris. Eis o texto de Estrabão que se refere à existência de Moisés antes que o êxodo tenha tirado os hebreus da terra do Egito:
“Moisés era um padre de Osíris que ocupava uma parte do país meridional”.
“Em dissidência com o culto exterior, deixou o nomo, seguido de uma multidão de homens que adoravam a Divindade à sua maneira. Ele professava que o simbolismo zoológico mantinha o povo no erro, a respeito das coisas sagradas; que o simbolismo andrológico dos Libios e dos Gregos, tinha o mesmo inconveniente; que, se o Deus vivo se manifesta através do Universo inteiro, é uma razão para não particulariza-lo, emprestando-lhe uma das formas parciais do Cosmos”.  
“Ajuntava que se devia limitar a adorar o Inefável em um templo digno dele, circundado de um território consagrado, mas desprovido de qualquer imagem representativa, de qualquer signo e de qualquer atributo figurado”.
Recomendava que homens escolhidos dormissem no Templo, para receber as comunicações oneirocríticas ou outras que interessassem ao indivíduo ou à sociedade.
“Segundo Moisés, o homem da sabedoria e da Justiça merecia esta graça, e devia colocar-se sempre em estado de receber o benefício, sempre digno de ser honrado pela manifestação da Suprema Vontade”.
“Nada, em Moisés, indicava intolerância”.
“Deus e as ciências que se ligavam a seu culto: eis qual era a sua força”.
“Um território neutro para fundar um Templo, uma Universidade de Deus: eis qual era o seu fim”.
“Prometia instituir uma religião, uma síntese social, sem exação sacerdotal, sem as fantasias imaginativas, sob o pretexto de revelação, sem sobrecarga de formalismo, sem o impudor das práticas”.
“Moisés adquiriu um grande poder sobre a opinião pública destas paragens”.
Há, pois, apesar das profundas semelhanças nas doutrinas, uma grande diferença na realização entre a iniciação do Egito e a que Moisés levou ao povo hebreu.

  
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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 25/02/2009
Alterado em 23/11/2010


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