Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 045 - ORIGENS INICIÁTICAS 7.2 - A GRÉCIA - ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS
7.2
A GRÉCIA
ENSINAMENTOS EXOTÉRICOS

No ponto de vista exotérico, parece que tudo o que impressiona primeiramente, na Grécia, é este número de deuses. Todas as forças naturais são personificadas.
Urano é o céu estrelado; Cronos, o tempo; Zeus, o céu agradável; Hera, o céu tempestuoso; Poseidon ou Netuno, o mar. Precisaríamos muitas páginas para enumerar todos.
Como isso também não bastasse, uma multidão de semideuses se fazia abrir o Olimpo por suas ações maravilhosas.
No céu vivia Zeus, pai dos deuses e dos homens, que os latinos chamam Júpiter.
Eis um fragmento do hino órfico que Creuzer tirou de Stobeu:
“Zeus foi o primeiro e o último; Zeus é a cabeça e o meio; Dele provêm todas as coisas; Zeus é a base da terra e dos céus; Zeus é o sopro que anima todos os seres; Zeus anima o fogo; Zeus é o sol e a luz; Zeus é o rei; Zeus criou todas as coisas! É uma força, um Deus, grande princípio de tudo; um só corpo excelente que abraçou todos os seres, o fogo, a água, a terra, a noite e o dia, e Metis a criadora primitiva, e o amor, cheio de encontros. Todos os seres são sustentados no corpo imenso de Zeus”.
Zeus com sua esposa Hera, tem um único filho (Marte), o Deus das batalhas. Palas Atenas (Minerva) é apenas filha de Zeus.
No céu estão Apolo, Hélios e outros. Sobre a terra primeiramente os Titãs, Demeter, Dionisios (Bacchus), Pã.
Cada fonte tem a sua Náide, no mar o irmão de Zeus, Poseidon ou Netuno com sua esposa Anfritrite, e o coro numeroso das Oceânidas, das Nereidas, dos Tritões, as perigosas Sereias.
Hefaistos (Vulcano), Hestia (a Vesta dos latinos), Hades (Plutão), Perséfone (Proserpina), filha de Demeter, Hermes (Mercúrio).
Os numerosos heróis, Hércules que desposou Hebe, a eterna juventude, Castor e Polux, Perseu, Erecteu e tantos outros.
É fácil encontrar concordância entre os principais deuses egípcios e gregos, porque, em todas as religiões, a idéia exotérica foi a personificação das forças naturais e esta personificação criou tantos deuses como forças representadas; para os iniciados, eram as manifestações múltiplas de um Deus único e todo poderoso.
No Egito o Deus supremo é Amon-Ra e Grécia é Zeus.
Tot, é também Hermes Trismegisto, Corresponde a Hermes, que é Mercúrio.
Osíris, o sol dos egípcios, sol dos mortos, em seu papel de Serapis e recolocado por Dionisios (Bacchus), que é representado sob os traços de um herói, conquistador, é o sol nos mistérios de Eleusis.
Horus egípcio, é Apolo.
O bode de Mendes, imagem bizarra da natureza inferior na palpitação de seu poder formidável, é Pã, com seus pés de cabra. A deusa lunar Bubaste, é Artemísia, a nossa Diana, que sob o nome de Artemísia, corre os bosques em companhia de suas ninfas. Sob o nome Febea, a encontramos nos ritos mágicos, velados sob o terrível nome de Hecate. A grande mãe Isis é recolocada por Demeter, detentora dos segredos iniciáticos. Hestia é a personificação de Phtah.
Não basta conhecer os deuses, é preciso torná-los favoráveis.
O primeiro culto estabelecido, tanto na Grécia como em todos os países da raça ariana, foi o culto dos mortos.
O Oráculo mais ilustre, era o do Templo de Delfos. Outros lugares santos davam sonhos; tal era o santuário de Asclepios em Epidauro.
O Oráculo de Delfos era representado pela Pitia. O nome de Pitia era-lhe dado porque foi em Delfos que Apolo exterminou a serpente Pitia, que sabia das coisas secretas que não são reveladas a todos os mortais.
Acha-se muitas vezes a serpente no simbolismo das iniciações mágicas e sagradas; sempre representa um mistério perigoso, que é preciso dominar.
A viagem de Ulisses ao Inferno, em Homero, a de Enéias na Eneida, nos dão a nota sobre o pensamento Grego no que concerne aos mortos.
No reino fúnebre, habitam as pálidas Enfermidades, a triste Velhice, o Medo, a Fome, perigosa conselheira de todos os crimes, o Trabalho, a Morte e seu irmão o Sono, a Guerra, a Discórdia e as Fúrias.
O Averno, o lago considerado a primeira porta do Inferno. O Aqueronte, o rio em que as almas devem passar.
No palácio de Plutão, guardado por Cérbero, o cão dos Infernos, estão as almas. No bosque está a morada dos heróis. Perto, está o tribunal onde estão Minos, Éaco e Radamante.
O Tártaro, é a prisão eterna.
Homero e Virgílio descrevem os Campos Elísios, onde repousam os bem-aventurados que merecem esta morada.  
O Tártaro para os ímpios e os Campos Elísios para os justos não são, contudo, duas moradas definitivas.
Acreditava-se geralmente que as penas do Tártaro teriam mil anos  e que as almas, tendo purgado as suas penas, voltavam a este mundo para animar novos corpos, procurar um outro destino, aproximando-se de uma evolução melhor.
Antes de deixar o lugar subterrâneo, as almas punidas deviam tornar a encontrar a frescura da primeira energia no esquecimento completo de seus males, bebendo as águas do Letes que não lhes deixavam mais a imagem.
Voltavam então a este mundo.

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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 13/09/2008
Alterado em 23/11/2010


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